Deitado na rede eu observava os olhos que me viam à distância. Olhos meigos, olhos doces, mas no fundo, olhos tristes. Não de uma tristeza momentânea, de um hesitar desde sempre e nem sempre conseguir.
Olhos amáveis por instantes miravam-me e eram contraídos pelo riso solto que na tarde amena de verão ecoava.
Não era o olhar desconstrangido, tampouco sem-vergonha que me enxergava... era o olhar de quem dá os primeiros passos no lance de uma escadaria escura: seguindo com cautela, esperando o próximo degrau e temendo o desequilíbrio, a queda...
Sabe, que eu gostei... melhor! Amei o que vi:
Um olhar que não apenas olha. Um olhar que de repente se mostra. Porém um olhar que não repara na própria interessância!
Advice in summertime:
Mira-te! Olha-te! Vê-te! Repara-te! Enxerga-te!
Assim tu podes ser mirado olhado, reparado, enxergado por estes olhos ilegais.
3 comentários:
será ki realmente tenho toda essa dispersão de mim mesmo?as vezes me pergunto :eu sou tão sem noção das minha qualidades?eu demonstro tudo isso?adorei o texto, um pouco trágico em relação ao referncial, contudo deve ser mesmo verdade já ki fui muitas vezes alertado sobre isso, ñ dessa forma lírica na qual me presenteia,emfim, o q importa é ki gostou, ñ é mesmo?rsrsrs!!!!
nossa, lembrei daquele diálogo que te disse...é aquele olhar que se a gente não se segura em qualquer coisa a gente cai nele...e se prende por lá, igual esses portais mágicos que vemos em filme, né? Mas tem olhar que é exatamente isso, mágico: por que fala, sorri, chora, grita, beija! Olhares que não se encontram fácil por aí, e justamente quando isso acontece a gente fica a fazer figas e com aquele sorriso no rosto!!
Estou com o meu até hoje... por quê? Tu saaaaabe...(rsrs)
beijos doces
Mas como é possível nunca chegares sem abrir os olhos dos outros, para eles mesmos? Que dom será este de ir sempre no ponto, no conteúdo, no ponto de dor/amor de outras almas? (...)
Beijo recitado
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