Deitado na rede eu observava os olhos que me viam à distância. Olhos meigos, olhos doces, mas no fundo, olhos tristes. Não de uma tristeza momentânea, de um hesitar desde sempre e nem sempre conseguir.
Olhos amáveis por instantes miravam-me e eram contraídos pelo riso solto que na tarde amena de verão ecoava.
Não era o olhar desconstrangido, tampouco sem-vergonha que me enxergava... era o olhar de quem dá os primeiros passos no lance de uma escadaria escura: seguindo com cautela, esperando o próximo degrau e temendo o desequilíbrio, a queda...
Sabe, que eu gostei... melhor! Amei o que vi:
Um olhar que não apenas olha. Um olhar que de repente se mostra. Porém um olhar que não repara na própria interessância!
Advice in summertime:
Mira-te! Olha-te! Vê-te! Repara-te! Enxerga-te!
Assim tu podes ser mirado olhado, reparado, enxergado por estes olhos ilegais.