domingo, 21 de dezembro de 2008

Minha vida já está escrita em letras de músicas e poesia

Escute sempre a mensagem, pois a fala muitas vezes é vazia e vem embaraçada de defesas, defesas necessárias até o reconhecimento de si mesmo.
Na falta da fala, a mensagem do silêncio é retumbante; ecoa insolitamente pelo ambiente revelando muito mais que os discursos elaborados nas sutilezas dos vocábulos.

Ah! linguagem!

Vida toda linguagem” na linguagem de Faustino a frase é perfeita sempre, por trazer consigo além da fala, a (im)perfeita representação da vida em versos.

Vida em verso, em prosa... em letras e melodias.
Em lágrimas e sorrisos.
Em saudades e no passado.

Linguagem simples, límpida, vívida e objetiva.
Linguagem em iminência de ser o que representa

E me dou conta que esta vida, a minha, já é linguagem e de alguma forma...

Quando as sombras vão ficando compridas
Enchendo a casa de silêncio e preguiça
Nessas horas é que Deus deixa pistas
Pra eu ser feliz
Leoni/Leo Jaime, Fotografia

Mas eu denuncio. Denuncio nossa fraqueza, denuncio o horror alucinante de morrer e respondo a toda essa infâmia com exatamente isto que vai agora ficar escrito e respondo a toda essa infâmia com a alegria. Puríssima e levíssima alegria. A minha única salvação é a alegria. Uma alegria atonal dentro do It essencial.
Não faz sentido? Pois tem que fazer. Por que é cruel demais saber que a vida é única e que não temos como garantia senão a fé em trevas – porque é cruel demais, então respondo com a dureza indomável. Recuso-me a ficar triste. Sejamos alegres. Quem não tiver medo de ficar alegre e experimentar uma só vez sequer a alegria doida e profunda terá o melhor de nossa verdade
Clarice Lispector, Água viva


Pena a vida não ser assim tão objetiva!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

A leveza de recomeçar

“Ele estava livre, infinitamente, a ponto de não mais se sentir pesar sobre a terra. Faltava-lhe esse peso das relações humanas que entrava o passo, essas lágrimas, esses adeuses, essas queixas, essas alegrias, tudo o que um homem acaricia ou dilacera toda vez que esboça um gesto, esses mil laços que o ligam aos outros e o tornam pesado.”

Saint-Exupéry

domingo, 16 de novembro de 2008

O Cabra Francisco

Francisco conseguiu finalmente vender na feira dos bichos sua última cabra, aquela enjeitada que o acompanhava por toda parte e lambia-lhe as costas das mãos após a caminhada matutina da roça para a casa.

A língua áspera roçava-lhe as veias de suas magras mãos e penteava-lhe os pêlos que agora cresciam e tornavam-se abundantes. Ele ria-se e no fim fechava o punho para que ela lhe desse uma marrada. E ia lavar-se antes de comer.

Mais uma vez executado o ritual de preparação para o almoço, ele apanhava o prato e ia sentar-se no tamborete que ficava ao pé do enorme jatobazeiro para comer. Enquanto ela tentava a todo custo enfiar o focinho no baião e dois que a mãe de Francisco preparara na madrugada, antes de ir ao trabalhar em casa de família na cidade.

Francisco lembrou-se destes episódios quando recebia metade do valor que pedira ao comprador. Mas sabia que era a venda ou não ter o que comer durante a semana que começava; e por isto mandou os pensamentos calarem-se ouvindo os roncos de seu estômago. Além do mais, poderia recuperá-la. Era só rezar para que ninguém queira comprar aquela cabrinha magra até a semana que vem.

Era seu engano necessário, pois nunca poderia comprá-la de volta.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Quando o coração se divide entre a esperança e a razão

Eles se olharam e já sabiam o que aconteceria. Não eram cúmplices, mas já eram companheiros; de silêncio, de angústia, de suspiros... de suspiros sim, pois a atmosfera que os circundava tornava-se dia após dia impenetrantemente densa.

Olhos falaciosos avizinhavam-se do veículo esperando o desfecho da ação que fora suspensa quando a primeira lágrima rolou por sobre um dos ombros. Mas eles já não estavam na mesma realidade desses olhos curiosos: foram transportados para uma dimensão gelada, onde os segundos passam lentos e o sangue foge das mãos.

As visões embotavam-se enquanto frases curtas eram pronunciadas esporadicamente. Depois foi a vez dos monossílabos e quando as vozes acalentadoras não puderam mais ser ouvidas, assentimentos encerraram a conversa.

Quando mais uma vez o silêncio tomou seu posto entre eles, os lábios tocaram um das mãos (um soluço escapuliu por entre os dedos da outra mão, mas foi abafado pela batida da porta).

Um último olhar.
A atmosfera ainda mais densa.
E um grito agarrado pela garganta não conseguiu sair.

–Pronto! Era o que se precisava ser feito... racionalizava-se mais uma vez na tentativa de calar a esperança.

Ela não se calou. Ruminou, rememorou o episódio, recontou os passos e despediu a interveniência da razão; mais uma vez laureou os sentimentos e seu séquito de emoções acompanhou-a: instalava-se uma desconstrução imediata.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Meu momento Paulinho Moska

Nunca foi tarde

Ando pela rua a te chamar
Mas na verdade, tanto faz
Porque visto as frases que você me deu
Mas elas não me servem mais
O que aconteceu com seu futuro que era o meu?
Agora não adianta mais me responder
(nem venha me dizer)
Quem passou do ponto onde era longe
E de que jeito era o certo
Porque minha dor sempre se esconde
Mas nunca sai de perto
O que aconteceu com meu futuro que era o seu?

Eu não vou provar do seu antídoto
Que me salva e me condena a me encontrar perdido
Não preciso de você pra descobrir
Que a estrada infinita que tenho que seguir
Não leva a nada

Começamos o fim... É assim
O melhor pra você, o melhor pra mim
Eu não voltaria mesmo
E você não podia ter ficado aqui
(nunca foi tarde)

E hoje quando amanhece sol
Abro a janela para a chuva
Que coincidência: tua mão
Não cabe mais na minha luva
O que aconteceu com o futuro que morreu?...
Ou nunca existiu?
Você nem olhou pras coisas que admiro
E nem me ouviu
Mas era eu quem te chamava com meu último suspiro
O que aconteceu com o futuro que se perdeu?
(nunca foi tarde)

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Eu estava no campo quando ontem choveu

Ontem choveu – mas choveu mesmo, não era só aquela garoinha que se espera que caia em outubro – e eu estava no campo quando tudo aconteceu.

Sempre gostei de chuva, mesmo quando não podia banhar nela e ficava no parapeito da janela observando meus primos correr de um lado ao outro da rua em meio àquela confusão de água caindo, escorrendo e levando suas folhas de cajueiro que eram barquinhos numa disputa. Era tudo muito pueril.

Ontem me abstive de banhar na chuva. Eu tinha um pretexto e um motivo: estou resfriado/gripado, e já sou um adulto. – Não que adultos não possam ou não devam banhar-se de chuva – foi que a chuva me fez lembrar o que uma pessoa muito especial fica me dizendo: “cara tu já é um adulto! Eu fico imaginando tu no meio de um monte de meninos tomando sorvete e fico me perguntando se tu não te lembra que tem uma monografia pra terminar, um curso pra concluir e um emprego pra arrumar?
Eu tenho uma monografia a terminar, um curso a concluir e um emprego a arrumar. Já não posso me dar o luxo de ter sempre bons momentos com os amigos, a responsabilidade me desperta a cada manhã e esfrega na minha cara que não há tempo suficiente, que não há dinheiro suficiente, que não há oportunidades suficientes...

Mas ontem choveu e eu estava no campo quando tudo aconteceu.

Sempre gostei do campo, é tranqüilo e me faz lembrar que a vida é suficientemente simples para se honrar as responsabilidades.

Ontem choveu, mas eu estava no campo quando tudo aconteceu.

E não tem nada de especial nisso, a cidade é a mesma, a vida é a mesma, as urgências são as mesmas: ainda tenho uma monografia a terminar, um curso a concluir e um emprego a arrumar; ou seja, o compromisso de chover no campo das responsabilidades de ontem.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Para quebrar algumas expectativas

Há dois dias chove diversos pensamentos que acompanham as mornas gotas setembrinas das chuvas dos cajus. Tais pensamentos seguem perpendicularmente ao chão e violentamente se espalham em poças que não querem escoar, mas penetram no solo das revelações.

Não gostei do parágrafo anterior: muito floreado, muito volteado... no fundo diz pouco.
(um parêntese: outrora este estilo meio lunático de escrita me fascinava. As percepções variam, os interesses mudam. Hoje percebo o vazio e já não me interesso: fecho o parêntese)


“Há dois dias penso e tenho conclusões violentas” – essa frase é bem melhor que todo o parágrafo. Conclusões violentas apenas por minha resistência em aceitá-las. Talvez por ainda idealizar algumas atitudes – que droga... ainda não me livrei de criar expectativas!

[suspiro] E então o relato começa...

O fato é que estávamos todos descontraidamente relaxados quando ele solta:
– Por que essa ralé tá tirando nossa foto?
Um mal-estar instalou-se instantaneamente.
Desta vez, fui arremessado sobre a tela de proteção que separa(?) os hemisférios de um mesmo mundo. – Eis minha conclusão violenta.

Conceitos de finas e ralé fazem-me perceber que ambos são farinha do mesmo saco, imundo, de despeitos, de críticas, de olhar preconceituoso, e que se posta no mesmo nível desrespeitoso de relacionamento.

Chega de mimos!
Chega de pensar que a existência gira em torno de finas ralé ralé finas!
Chega de pensar que finas e ralé têm qualquer significação concreta!
Chega para mim!

Caio fora, pois quero seguir minha vida sem a obrigação de colocar minha existência na consciência alheia. Assim, boa sorte aos que ficam e sejam bem-vindos aos que comigo seguem.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Um silêncio exterior

É hora de calar a palavra falada.
A palavra escrita permanecerá; pois ela é uma sobrevivente; mesmo quando não se há ameaça declarada, a palavra escrita será uma sobrevivente.
Calo-me por minha fala de mim pouco dizer. Contraditório? Mas nem por isso menos verdadeiro.

Há algum tempo evitava escrever, evitava deixar gravado, evitava registrar qualquer informação que me retrataria, e tentava viver cada momento em sua volaticidade de segundos. E para quê? Se segundos são tão ínfimos e tão ligeiros como o presente que se vai a cada instante tornando-se pretérito?!
Evitava tudo isso para encobrir-me de um falso contato, mascarado superficialmente de uma profunda necessidade de atenção – segundo certa percepção projetiva. De forma alguma refuto esta possibilidade, ¡ pero yo soy más que esto, hermano!

É hora de calar a palavra falada. Pois dela nunca fui tão afeito, apesar de me causar tremenda fascinação. É hora, pois não preciso de sua efemeridade, preciso apenas de sua expressão, que já a tenho. Então... calo-me.

domingo, 10 de agosto de 2008

O olhar cínico de sorriso triste

Olharam-se há tempos. Enxergaram-se há apenas um ano.
Há um ano, os olhos tristes de um garoto viram as sutilezas do sorriso cínico de um certo rapaz. Há um ano a malícia dos lábios de um garoto acariciou o olhar de um certo rapaz.

Já estavam ficando há aproximadamente um mês e a vontade de estar juntos quase derrocara a discrição que começavam a acostumar-se. Seria o momento oportuno para compartilhar a vivência do amor com os amigos? Arriscariam? Os olhos tremiam e os lábios fechavam-se com tal pensamento... mas o anseio de contato era maior. Viam-se sempre, beijavam-se quando dava. Foi entre um olhar e a tentativa de um beijo que a pergunta veio: Vocês são gays?
O olhar tornou-se mais triste, o sorriso mais cínico... a eloqüência do silêncio pronunciou finalmente: Somos namorados.

Vieram então as felicitações e com elas a emoção de sentirem-se acolhidos por muitos, respeitados por todos e abençoados por Deus.

– Cara, será que eu agüento tanta felicidade? Eles...
– ... são perfeitos mesmo. Os melhores!
Os lábios já pronunciavam meias palavras para se completarem nos olhos; assim como o prazer, mesmo agora, completa-se na companhia de seus amigos e na intimidade de ambos. Seus corpos complementam-se no sexo e este se realiza em suas almas. Por isso não gozam (apenas), têm orgasmos.

– Quanta coisa doida a gente já passou, não?!
– Quanta coisa boa a gente já passou!
– Lembra de quando a gente armou com a galera pra acampar na praia?
– Só pra nós dormimos coladinho um no outro e o Marquinho caiu bêbado em nossa barraca e tivemos de dar banho nele porque ele tinha vomitado a camisa toda depois de entrar naquela disputa de vodka com... quem mesmo?
– A Margá.
– Isso! A Margá começou com estória da vodka só porque a Danni tinha terminado com ela.
(risos)
– Deu tudo errado naquele dia, esquecemos a tralha quase toda.– os olhos tentavam rememorar a cena.
– O Bbsouro ainda se perdeu na estrada com a Angélica, o Marquinho e a Trance.
– Se perdeu nada, o Marquinho me disse que ele fez de propósito.
– Ahn?
– Mas é bobo mesmo! Oh...Marquinho e Trance, Angélica e...
– Mentira! Eu sabia que o Marquinho já tava ficando com a Trance, mas do Bb e a Angel!!! Hei, não foi no mesmo dia que a Trance os apresentou? Bb safado! Arrochou a Angélica.
– Nan... a Angélica que arrochou.
(risos risos risos...)

Há certa altura brigaram. Uma garota quis tocar aquele sorriso cínico e ele deixou ocorrer o contato. Os olhos acenderam-se, não mais tristeza refletiam. A ira, então tomara de conta não só do olhar e palavras impensadas ecoaram pelos medos da perda.
Choraram, confessaram-se, perdoaram-se.
Era a absoluta certeza que não conseguiriam viver no espectro da ausência.

Um ano se passara desde o sutil afago entre o sorriso e o olhar. E estavam cara a cara: nus, na completude do termo... defesas já não cabiam entre eles, apenas.
Ainda estão se conhecendo, descobrindo-se:
– Por que você não sustenta o olhar nos olhos das outras pessoas?
– Eu olho nos olhos das pessoas. – um acanhamento ruborizou-lhe a face.
– Você é cínico como seu sorriso. – beijou-lhe os lábios em um largo sorriso.
– E você no fundo não tem a tristeza do seu olhar... Eu não olho as pessoas nos olhos, eu sorrio para elas... talvez meus lábios não dissessem o que meus olhos deixam escapar.
(silêncio)
Ambos sabiam do medo de se perder no contato com o íntimo das pessoas daquele rapaz. Ambos sabiam também, que no olhar daquele garoto repousava, não a tristeza, mas o profundo desejo de ser compreendido.
Além de namorados, são cúmplices. E tal cumplicidade fizeram lágrimas se perderem entre as faces que se tocavam, enquanto sussurros de eu te amo embalavam cadencialmente os corpos excitados daqueles dois meninos que se tornavam homens nos braços um do outro.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Palavra

Há muitos que a palavra não diz lá muita coisa, ou melhor, há muito que não se presta atenção ao que a palavra diz.

– Contraditória esta vida de palavra!

Quando se cogitou o primeiro raciocínio, fê-lo através da palavra.
Palavra, esta, incomunicável; muitas vezes inteligível; poucas vezes repleta de sentido. E quando o tem, falta-lhe o significado.

– Indecifrável esta vida de palavra!

Quando se materializou a primeira mensagem, fê-la através da palavra.
Palavra, esta, concreta; muitas vezes acessível; poucas vezes consubstanciável.

– Engraçada esta vida de palavra!

Há muitos que a palavra não é interessante.
Há tempos que se perdeu seu domínio.
Há instantes que me palpita a idéia de que não mais se comunica com a palavra.
Há de se resgatar a graça de uma vida indecifrável e contraditória dessa vida de palavra.

sábado, 26 de julho de 2008

Arte de Amar

Será, Bandeira, que a alma é que estraga o amor? Isto sempre me questionei.

Não creio n’alma estragando qualquer coisa. Ao contrário. É com a alma que se encontra o sentido; não apenas do amor, mas da vida.

A mente – esta sim – é que estraga o amor.
Ela é que planta dúvidas em nossas esperanças.
Ela é que exige plena consciência de todos os atos e, por mera paranóia, de todos os sentimentos.
Ela é que embaraça o pouco que se entende das sensações, do estar se deixando apaixonar-se...

A mente já não é suficiente para mim. Eu preciso de alma; da minha alma; que minha alma entre em contato com outra alma, assim como meu corpo vem contatando outro corpo.

Eu quero sim, Bandeira, sentir a felicidade de amar.
Porém não esquecerei minha alma.
A mente é que estraga meu amor – não a alma.
Sei que em Deus a alma pode encontrar satisfação – se até no mundo...

As almas são incomunicáveis? – Besteira! Há de se senti-las. Contatá-las.

Por enquanto vou deixando meu corpo sentindo aquele outro corpo – sem entender coisa alguma!
Porque os corpos se contatam, mas almas se fundem para nos deixar perder nos olhos um do outro.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Ora, porque não!

Altos, 25 de julho de 2008.

Escutar Carmina Burana (Carl Orff) me faz refletir sobre as estranhas amenidades que se infestam em nossas relações cotidianas. Talvez por considerá-la uma das obras mais cínicas e, por isso realista, que poderia ter sido composta.

E ao falar de cinismo:

– Não tô achando esse assunto!

– É só procurar em outro livro.

– Ô... divide teu assunto comigo!

– Não.

– Aff! Mas tu é ruim!

(Silêncio)

– Pois... pesquisa pra mim!

– Não.

– Por quê? Eu pago!

– Não estou disponível pra fazer isso pra ti.

– Essa é tua última palavra?!

– Não.

– Então...?!

– Esta é minha posição!

...

O silencio soou eloqüente para uma certeza e uma dúvida:

– Diabo ruim! Ele vai ver! De’star! Nunca mais peço nada a ele!

– Quando será a próxima vez?

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Apresentação

Ao som de “Casa” (Lulu) – 24 de julho de 2008 / 10:44 h

Neste momento, sentado em frente ao computador, minha mente divaga sobre o quê devo escrever. Porque este seria o primeiro texto que postarei (postaria ?) no blog recém-criado para mim.

Enfim aconteceu, tenho meu diário virtual. E é assustador.

Ter minha intimidade exposta a todos é algo que supunha não me incomodar... Ok. Uns “quebram silêncios”, outros “caçam-se a si mesmo”, aqueles que “investigam-se cientificamente desde 1985”, os que também “estudam-se esforçadamente”, os que “sempre tentam”, e ainda quem é “sua própria denominação”. E eu?

Ah! sou qualquer coisa que me aprouver; no mais sou também um pouquinho do que encontrarão: minhas fantasias e acima de tudo minhas realidades.

Sou Joaquim Neto, muito prazer!